Arquivo mensal: novembro 2007

NO CORREDOR

— Ai, meu pé! — Você diz isso por preconceito. — Como? Você pisou no meu pé, Armina! — Tudo bem. Mas precisava reagir desse jeito? — Você preferia que eu dissesse “uh”, por acaso? Uh, continua doendo! Foi bem no ded… — Não é o “ai”, Botero, é a maneira como você fala. — […]

LUTA DE CLASSES NA VILA MADALENA

                                                                                                          A crônica de hoje se encontra no Culturando.com, site que tem toda a programação gratuita ou a preços marconianos de São Paulo. Para lê-la, clique aqui. Para não lê-la, clique aqui. Ou aguarde na linha dizendo Für Elise bem alto que um dos nossos funcionários irá atendê-lo.

O SUBPENSAMENTO VIVO DE MARCONI LEAL (7)

Tudo bem que na República de Platão não havia poetas. Mas em compensação também não havia jornalistas. ……. Lulistas e antilulistas têm pelo menos uma coisa em comum: a fé. ……. O Ministério Público é a salvação da pátria. Desde que persiga apenas nossos inimigos. ……. Como assim não dou amor ao próximo? Por acaso […]

O MITO DA CRIAÇÃO SEGUNDO UM PETISTA

No princípio era a mais-valia e Marx disse: — Que la assemblée soit! Porque vinha numa péssima tradução francesa. E ninguém entendeu, já que o lumpemproletariado estava falando muito alto e poucos dominavam o idioma. E Marx impacientou-se: — Ach! Hágase la cita, carajo! E todos correram ao dicionário português-espanhol, mas a consulta demorou um […]

LUGAR COMUM (TEXTO FEITO SOB MEDIDA PARA SER COPIADO, COLADO E ENVIADO POR E-MAIL COM ASSINATURA DO VERISSIMO)

Astafânio Carlos sempre foi uma figura tão macavenca que, ao nascer, em vez de chorar, olhou para o médico e ameaçou: — Se tocar em mim, recorro ao Estatuto da Criança e do Adolescente, hein? No colégio, enquanto todos os meninos seguravam a bolinha de gude entre o indicador e o polegar, ele a atirava pressionando o mínimo […]

GERUNDISMO

— Boas tardes. Com quem poderia ter o prazer de estar a falar neste aprazível lar? E já me adianto a pedir perdão pela péssima e involuntária rima. Encontrar-se-á o dono da residência nela, hodiernamente? — Quê? — Pergunto se Vossa Senhoria acaso não saberia dizer-me se há alguém na habitação? — Que habitação? — […]

QUEM MANDOU O MEU QUEIJO?

Senhores, este blog, apesar de não ser um deputado, é republicano e tem a consciência negra, de modo que só estaremos voltando às atividades amanhã, 21/11. Dia que a partir de 2008 também será considerado feriado, ao menos municipal, posto que o ingresiástico Franciel Carlos Magalhães estará nesta serrista cidade. Por hoje, leiam a excelente […]

O SUBPENSAMENTO VIVO DE MARCONI LEAL (6)

O crítico literário é o único bípede autotrófico de óculos de que se tem notícia: alimenta-se do próprio ego. Seu habitat artificial são as mesas de discussão, as noites de autógrafo e outros ambientes inóspitos. Tem o corpo dividido em língua, tronco e membros. ……. Que nós temos ínfima importância nos planos divinos e possuímos […]

O SUBPENSAMENTO VIVO DE MARCONI LEAL (5)

Concordamos inteiramente com a tendência da crítica especializada a achar que o humor, em literatura, é algo menor. Eu, Plauto, Shakespeare e Cervantes. ……. A maior prova de que Orfeu não existe sou eu cantando. ……. O Brasil já teve o ciclo da cana, do café, do ouro e da borracha. O único que permanece […]

MARCONÍADA (2)

Segundo Sun Tzu, fazer supermercado é uma atividade de caráter bélico que pode ser dividida em cinco etapas: recolher as mercadorias, levá-las à caixa mais vazia, ultrapassar a velhinha que segue a passos lentos com o mesmo objetivo, pagar e, por fim, trazer os artigos adquiridos para casa. Das cinco, a primeira e a segunda […]